Ivan Luiz - Jornalista
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Depois Daquela Viagem
Eu não tenho problema nenhum em ouvir um não vou lhe conceder entrevista, mas responder que irá realizar uma entrevista, marcar dia e horário, fazer eu agendar estúdio de gravação para a realização da entrevista, gastar com cinegrafista, ter de levar mais de 10 kilos nas costas de microfone, filmadora, cabos e tripê, ser obrigado a não ir ao encontro da minha empresa em uma chacará linda com piscina, churrasqueira, ônibus te levando e te deixando na porta, tomar uma baita chuva torrencial para chegar no horário combinado da entrevista na quinta as 18:00 horas e não ter ninguém lá é falta de caráter, de hombridade, de brio. Eu ligar para ver o que aconteceu da pessoa não estar no horário e local marcado para a entrevista até a ligação cair e depois dar caixa postal é falta de respeito com o próximo.
Uma entrevista serve para divulgar um fato, uma notícia, para transformar algo em público, para informar.
O meu dinheiro é bem vindo para pagar a entrada do espetáculo teatral, mas quando é para conceder uma entrevista com o objetivo de divulgar a peça eu não sirvo?
Abaixo público uma crítica do espetáculo teatral: Depois Daquela Viagem, do jornalista Dirceu Alves Jr, que cobre o cenário teatral para a revista Veja desde 1996 e assiste a mais de 4 peças por semana e sempre que entra em uma sala teatral torce para que o prazer supere o ofício.
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Adaptação de Dib Carneiro Neto para livro de Valéria Piassa Polizzi. Lançada em 1997, a autobiografia da jovem que contraiu aids aos 16 anos vendeu 300.000 exemplares. Sob a direção de Abigail Wimer, a montagem tenta reproduzir a trajetória da garota que aprendeu a conviver com o vírus e deu sequência à sua vida profissional e sentimental. Perde-se em uma encenação praticamente nula, arrastada e carente de efeitos criativos e principalmente sofre com a imaturidade de um elenco à deriva. Daphne Bozaski, Naiara de Castro e Renata Fasanella revezam-se no papel principal.
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Os Sete Gatinhos peça do diretor nelson baskerville, conta a história de Noronha, interpretado por Renato Borghi, que trabalha no Senado servindo cafezinho de Contínuo, para que sua filha mais nova possa se casar virgem, mas algo inesperado acontece e ela que cuidava com tanto zelo e carinho de uma gata prenha que apareceu no colégio acaba matando a gata a pauladas e é expulsa do colégio. A família fica perplexa e não entende porque uma moça dócil e carinhosa cometeu aquele ato de barbaridade.
Suas irmãs trabalham como prostitutas e o pai leva os senadores para que possam transar com elas e ele se satisfazer escutando as histórias. Ou seja, Nelson Rodrigues traz as inquietudes e desmascara a classe média. Com ótimas interpretações. A história de Os Sete Gatinhos passa por incesto, familia desestruturada, e neuróticas.
Toda a família sai a caça do homem responsável por tirar a virgindade da filha que era a salvação da família e representava a única coisa que esta família ainda tinha de bom.
Este homem que todos procuram é o homem que chora por um olho só e que acaba por ser confundido pelo Bibelo, um autentico malandro que namora uma das filhas de Noronha e acaba morto. Mas ele não é o culpado pela perda da virgindade da moça. O final da peça é surpreendente e Nelson Baskerville soube levar criar uma peça que tem muito a dizer.
A diretora teatral Christiane Jatahy, trouxe aos palcos na peça Julia, uma montagem que mistura cinema e teatro em um mesmo ambiente.
Com imagens reproduzidas em um grande telão os atores interragem com o que acontece e somente pode acontecer no cinema. Como a festa que Julia da em sua mansão.
A visão é mostrar o preconceito velado de uma menina rica que se descobrindo sua sexualidade e seu poder de sedução brinca com os sentimentos do motorista da familia.
Com atuações impecáveis a peça traz os atores: Julia Bernart e Rodrigo dos Santos.
Uma das extratégias da peça é utilizar da quebra da quarta parede e colocar um diretor de video que filma trechos da peça e a reproduz no mesmo momento sob uma nova prespectiva, como se o olhar do público muda-se a medida que assiste os atores no palco ou vê o olhar do diretor sobre os atores.
Desta maneira em trechos da peça o diretor mandar a cena ser cortada, os atores voltarem as marcações originais. Algo que poderia dar errado no teatro se mostrou muito bem feito e de uma criatividade que deu ao texto de August Strindberg, uma nova roupagem.
A peça Toda Nudez será castigada de Nelson Rodrigues
encenada no Teatro Anchieta no Sesc Consolação, celebra os 100 anos que o dramaturgia viria a fazer caso estivesse vivo.
Um dos maiores diretores teatrais Antunes Filho e uma das mais aclamadas companhias teatrais CPT levaram aos palcos a peça clássica de Nelson, que já virou filme nas mãos de Arnaldo Jabor.
Herculano esta em casa e recebe uma gravação de Geni: Herculano aqui quem lhe fala é uma morta, assim começa a peça.
Herculano é um viuvo que perdeu a mulher vitima de cancer nos seios, seu irmão Patrício interessado que Herculano volte a o sustentar lhe apresenta Geni, prostituta por quem o viuvo se apaixona. Seu filho não aceita o casamento e acaba em um bar, brigando e sendo preso. Na cadeia Serginho é estuprado por um boliviano. Serginho da forças a Geni para se casar com seu pai, com a intenção de vingança, pois não suportava o ver com outra mulher que não fosse sua mãe. Desta forma, Geni, se apaixona por Serginho, que no final da peça, foge com o boliviano e Geni se suicida.
O grande problema da peça que tinha ingressos esgotados por um mês, era que Antunes se focou no texto e deixou todo o cenário da peça esquecido. Por exemplo: Quando Herculano liga para Geni, os atores utilizam a mão como um telefone. Não existe um telefone em cena. Existe também um grande vazio em diversas cenas, não explicadas e não presentes no texto de Nelson Rodrigues e nem no filme de Arnaldo Jabor.
A primeira cena mostra um menino de costas com os braços estendidos como o Cristo do Corcovado interpretado pela atriz Daphne Bozaski que entra mudo e sai calado, não tendo nenhuma menção em qualquer parte da peça.
Também existe um homem no fundo do palco que fica dançando sozinho tango de forma intermitente enquanto as cenas e dialogos dos outros atores acontecem no palco, não tendo nenhuma relação com a peça e o ator não possui diálogos.
Também existem jovens prostitutas que correm de uma lado para outro no palco e só.
Ao que pareceu, Antunes tinha diversos atores do Centro de Pesquisas Teatrais desempregados e resolveu dar uma chance a todos e se esqueceu de lhes atribuir um porquê de estarem na peça.
Para quem deseja assistir a peça:
Teatro Sesc Anchieta
Rua Doutor Vila Nova
05/10 a 16/12.
Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h. Exceto dias 07 e 28/10
R$ 32,00
O livro: O Harém de Kadafi, conta a história de Soraya, uma jovem adolescente que com 15 anos, foi escolhida entre diversas garotas de sua escola para entregar flores ao lider da revolução na Líbia A Muammar Kadafi.
O fato é relatado a jornalista Annick Cojean que estava em Tripoli capital da Líbia trabalhando para o jornal frances Le Monde e queria ouvir as histórias e o papel das mulheres libanesas na revolução.
Um fato que a jornalista jamais podia sonhar era o relato dessa e de outras jovens sobre o que acontecia nos subsolos do palácio.
O estupro era usado como arma de guerra na Líbia e paar a família isto era uma grande vergonha, punida com a morte.
Desta forma o livro narrado em primeira pessoa é um trabalho extraordinário de uma jornalista que deu voz a uma mulher frente a uma sociedade machista e patriarcal.
Em mais de 200 peaginas são relatados caos de violência, mortes e prisões arbitrarias e como funcionava a guarda feminina de Kadafi que se dizia o libertador da opressão que as mulheres viviam na Libia.
Esse livro é de fundamental importância para quem deseja conhecer a Primavera Arabe e tentar entender o que viveu uma das mulheres que passou cerca de cinco anos com o maior despota do século XX.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
JT Leroy - Um Conto de Fadas Punk
A peça " JT Leroy - Um Conto de Fadas Punk", que já passou pelo Rio de Janeiro e Brasília tem sua estreia em São Paulo na sexta-feira dia 16. O primeiro espetáculo teatral da escritora Luciana Pessanha e direção geral de Paulo José, traz aos palcos paulistanos a história de Jeremiah Terminator Leroy, um adolescente andrógino de 16 anos, viciado em drogas que nasceu nos Estados Unidos e foi vítima de vários abusos sexuais na infância.
A escritora Luciana Pessanha conheceu JT Leroy quando no Festival de Paraty a entrevistou sobre a publicação do livro no Brasil: "Maldito Coração", que conta a história de vida de Jeremiah, que é arrastado pelas mãos de sua mãe fanática religiosa e passa sua infância sendo prostituído por sua mãe e se drogando. A história de "Maldito Coração", que serviu como base de pesquisa para a peça nos palcos é narrada em primeira pessoa como uma autobiografia do autor JT Leroy.
O livro que foi lançado nos Estados Unidos em 1999 e em 2005 no Brasil, foi alçado a Best-Seller e todas as pessoas queriam conhecer quem era JT Leroy que perdeu sua infância de forma obscura e teve a coragem de a retratar em um livro tão forte.
Desta maneira a verdadeira autora do livro a escritora Laura Albert, resolveu criar um personagem fictício para interpretar o papel de JT em coletivas de imprensa, contratos com editoras e em entrevistas.
Laura Albert é interpretada no espectáculo teatral por Débora Duboc, que com sua entonação de voz ora nervosa por medo de ser descoberta como uma fraude, expõe a personalidade de Laura Albert, que como não conseguiu criar uma banda punk, por o cenário musical de Nova York ser majoritário masculino, adota em seus livros uma pseudo personalidade que é materializada na sua cunhada interpretada por Natalia Lage.
A peça traz levantamentos e tem como proposta analisar de que forma são criadas as celebridades pela mídia, e como essas celebridades são consumidas e vão sendo alimentadas através de outras personalidades reais e desta maneira passam a fazer parte da cultura que o sociólogo francês Edgar Morin chama de sociedade de massa.
Então a peça se utiliza de projeções em vídeo de personalidades reais como Bono Vox, Madona e para dar veracidade e agregar valor cultural a criação da autora Laura Albert ao personagem JT Leroy e criticar a sociedade de consumo.
FICHA TÉCNICA
Autor: Luciana Pessanha
Direção: Susana Ribeiro
Direção Geral: Paulo José
Elenco: Débora Duboc, Natália Lage, Nina Morena, Hossen Minussi e Roberto Souza
Informações sobre o espetáculo:
JT Leroy - Um conto de Fadas Punk
Teatro Sesc Consolação
Rua: Dr. Vila Nova, 245
Telefone: telefone: 11 3234-3000
Data: 15/06 a 15/07.
Dias: Sextas e sábados, às 21h. Domingos, às 18h.
Valor do Ingresso: R$: 32,00 (Inteira)
R$: 16,00 (meia-entrada)
Espetáculo não recomendado para menores de 16 anos.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Árvore cai em Osasco e deixa bairro sem luz
Devido as fortes chuvas que caíram na cidade de Osasco, desde o feriado, o corpo de bombeiros já registrou 3 ocorrências desde a noite de ontem, (dia 14) envolvendo quedas de árvores.
Hoje por volta das 19h, no bairro Alto de Quitaúna, na rua Nossa Senhora do Rosário, altura do número 465, uma árvore de cerca de 8 metros, caiu sobre a rede elétrica e por pouco não atingiu o telhado de uma casa.
Devido a queda, uma parte da rua ficou as escuras e e até as 23h a energia não havia sido restabelecida.
No momento do acidente nenhuma pessoa ou carro passava pelo local. A área foi isolada pelo Corpo de Bombeiros e a CET desviou o transito.
De acordo com o sargento Luiz, o número de ocorrências envolvendo quedas de árvores costumam aumentar no período das chuvas e caso a população perceba risco de queda, deve ligar para a prefeitura para avaliar o estado da árvore ou para o Corpo de Bombeiros (193) que fará a remoção.
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